quarta-feira, 18 de março de 2009

Apostila Gestao de Pessoas - Apostila 03


Apostila Gestao de Pessoas - Apostila 02


Apostila 02 parte 04 de 04.pdf
Apostila 02 parte 03 de 04.pdf
Apostila 02 parte 02 de 04.pdf

Apostila Gestao de Pessoas - Apostila 01

Olá!

Finalmente consegui postas as apostilas.

Segue o link para baixar!



Gestao da qualidade

Segue link de divulgação da comunidade
GESTÃO da QUALIDADE!


http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=34497188

terça-feira, 17 de março de 2009

HollywoodCEO:Quentin Tarantino

Check out this SlideShare Presentation:

Vendas 2.0

segunda-feira, 16 de março de 2009

Novos ares

Se parar pra pensar dá uma canseira que não tem fim. Ao se deparar com a máquina pública, qualquer cidadão de bem vê ali, como quem vê uma enorme geringonça, que aquilo não vai funcionar. É muita gente, é muita coisa, é muito papel, é muita mesa de madeira compensada marrom, são muitas vias (em folhas amarelas, brancas e verde-água), e sempre tem ali no canto da sala uma infiltração com um mofo já entre preto e esverdeado num pinga-pinga insistente e fatalmente deprimente: não vai dar certo, talvez nunca deu, suspira já cansado de pensar no tamanho da encrenca o pacato cidadão.

Fazer o que? É coisa demais, e, pior, muito interesse. Gente de tudo que é jeito querendo tudo que é coisa: verbas, prestígio, remédio para artrite, alvará para abrir um bar, contrato de fornecimento de giz, remédio para pressão alta, merenda, asilo, mesada; enfim. De tudo um tanto. E tudo isso num emaranhado de repartições e balcões que deixaria de pena em pé um mafagafo qualquer. A administração pública cresceu e prosperou do jeito que pode e, ao longo de séculos, ficou um tanto quanto confusa.

Para dar conta de tanta conta, e da máquina, o estado pega firme! Só os estados e municípios arrecadaram em maio quase R$ 50 bilhões. Em 2008 já foram R$ 268 bilhões. Mas não há dinheiro que dê conta do tamanho da geringonça. Para fechar o caixa, o governo ainda pegou algum emprestado na praça e pagou só de juros da dinheirama algum qualquer de R$ 8 bilhões. Isso só em março. Vai somando aí.

É gasto demais e receita de muito. Resultado: paralisia crônica e irrestrita. O estado não investe e não age, e só para respirar custa tudo isso acima e mais alguns trocados.

Porém algo novo parece estar, aos poucos, chegando na política brasileira. Duas décadas de democracia fizeram o político brasileiro perceber que o resultado de sua administração é crucial para seu futuro político. Velhos jargões, do tipo ‘rouba, mas faz”, caíram em desuso, sobrevivendo apenas em velhos dinossauros da política tupiniquim. As palavras de ordem agora são “choque de gestão” ou “administração de resultados”.

Seria pura demagogia eleitoral não fosse a resposta da sociedade civil aos novos ventos. Empresários de todas as partes começaram a se organizar no intuito de ajudar a administração pública no desafio dantesco de colocar a casa em ordem. E não é por bondade não; os empresários sabem muito bem que um estado mais eficiente vai ajudar, e muito, seus negócios. Com uma máquina enxuta e em ordem o país pode crescer e os empresários têm todo o interesse nisso. Esse pragmatismo tão típico da esfera privada é, sem dúvida, o motor da ação e evita que fique apenas no diz-que-me-diz de alguns governantes.

No entanto não há dúvida que muitos empresários agem por puro sentimento cívico, algo muito fora de moda nesses tempos, chamado também de patriotismo. Mas deixe estar esse papo e vejamos algumas iniciativas.

Um dos maiores patronos desse tipo de ação é sem dúvida alguma Jorge Gerdau. Ele é atualmente presidente fundador do Movimento Brasil Competitivo, uma associação que reúne sob seu guarda-chuva pesos pesado do empresariado brasileiro que, além da própria Gerdau, possui no seu quadro Ford, Fiat, Furnas, Eletronorte, GE, Natura, Odebrecht, Xerox e Suzano. Só para citar alguns.

A agremiação patrocina projetos de melhoria na gestão pública em praticamente todo o país e vem colhendo ótimos resultados. O foco desses convênios visa atacar basicamente os problemas crônicos que travam o poder público, principalmente no seu aspecto financeiro. Aumento de receitas, melhores técnicas administrativas e redução de gastos. Mas não se limita ao bê-á-bá das finanças não. Muitas vezes coloca o dedo na ferida e vai até áreas que são verdadeiras celeumas.

Um bom exemplo foi a parceria com o governo do Rio de Janeiro na área de segurança. Ao implementar a terceirização da manutenção da frota houve uma economia de R$ 9 milhões, além de liberar para a ativa cerca de 300 soldados que antes ficam com graxa na mão nas oficinas da corporação.

O convenio se deu através da contratação de uma consultoria especializada. No caso a INDG do Professor Vicente Falconi. Através de um levantamento detalhado da estrutura da máquina, ações pontuais são implementadas e metas estabelecidas. Atualmente há um convênio em andamento na prefeitura de São Paulo cujos principais objetivos são aumentar a receita (sem elevar os impostos) e reduzir as despesas (sem perder a qualidade).

A encrenca é grande, você sabe. O assessor de gestão da prefeitura, Rodrigo Mauro, vive nisso, e sumariza o deus-dará. “A Prefeitura de São Paulo é gigantesca. Tem tamanho de um Estado, porém missão de cidade. Para citar alguns números, são mais de 150 mil funcionários, R$ 22 bilhões de orçamento, 82 milhões de atendimentos ambulatoriais, e, somente de arroz para a merenda, são consumidas 360 toneladas por mês e por ai vai. O funcionamento dessa máquina é normatizado por regras, leis, portarias, decretos. Ou seja, a governança sobre mudanças de processos não é uma coisa simples.”

No caso do aumento das receitas a solução foi simples e elegante. A prefeitura resolveu incentivar a fiscalização na arrecadação do ISS utilizando o próprio consumidor como aliado. É a Nota Fiscal Eletrônica, que pode ser pedida em qualquer estabelecimento comercial e dá até 30% de desconto no IPTU do morador paulistano. Segundo a prefeitura de São Paulo nos dois primeiros anos houve um aumento de mais de R$ 3,5 bilhões, e só até maio de 2008 foram outros R$ 945 milhões.

Na frente das despesas compras foram unificadas pela prefeitura e processos racionalizados. Gastos comuns como água, luz e telefone passaram no pente fino e deixaram de onerar os cofres em R$ 125 milhões.

Não é mágica. As principais armas dessas iniciativas são tecnologia de informação, e clareza nas metas. Todos os projetos são facilmente auditados e os resultados divulgados amplamente, de tal forma que os agentes públicos possam ter de novo controle sobre a máquina. Sistemas eletrônicos acompanham o desempenho em praticamente tempo real e com sinais verde, amarelo e vermelho medem os resultados obtidos. O controle é total.

Outro grande avanço foi a utilização de leilões eletrônicos para compra de material. A economia está sendo substancial, além de dar mais transparência ao processo.

Conhecimento, conhecimento e mais do mesmo. Rodrigo vai ao ponto. “E aí entra a questão da Gestão e a importância do contato e a transferência de ferramentas e métodos que possibilitem trazer melhorias quali-quantivativas às cadeias de processos. Nosso convênio com o MBC é e, foi fundamental para que melhorássemos nossa eficiência e efetividade interna, através de uma permanente capacitação do corpo funcional, leia-se transferência de conhecimento.”

Só que não são só os estados ricos que estão nessa empreitada. O estado de Alagoas teve um ganho real acumulado de R$ 931 milhões. Pernambuco outros R$ 105 milhões e Sergipe algo próximo de R$ 60 milhões.

Não é só na racionalidade administrativa que se faz sentir um que de novo na esfera pública. Os eleitores também embarcaram nessa onda e se organizaram de forma mais objetiva para pressionar os governantes. Exemplo desse esforço é o movimento Nossa São Paulo é Outra História. A ONG, que tem o apoio de importantes empresários paulistas (entre eles Oded Grajew), pressionou a Câmara dos Vereadores e conseguiu aprovar uma lei que promete revolucionar a administração pública. Agora todo prefeito eleito deve, num prazo máximo de 90 dias, apresentar à cidade seu plano de ação e as metas que irá perseguir. Dessa forma há um claro termômetro da eficiência do gestor. No site da ONG é possível acompanhar o desempenho das subprefeituras paulistanas. Mais uma ferramenta de pressão eficiente.

Será que estamos vendo o início de uma nova era na administração pública, onde informação é crucial tanto para gerir melhor, como para exigir um melhor serviço? O sociólogo Sérgio Buarque de Holanda, autor do clássico Raízes do Brasil, via com certa esperança que os valores urbanos pudessem, aos poucos, alterar o quadro de patrimonialismo endêmico brasileiro. Já o romancista Jorge Amado acreditava que se matássemos o “jeitinho brasileiro” acabaríamos matando o Brasil no que há de fundamental. Para onde vai esse barco não se sabe. Só é claro que há novos ares por aí.

fonte: Revista TRIP: Gestão X Jeitinho, por andré perfeito

http://colunistas.ig.com.br/ohomemvertical/

http://colunistas.ig.com.br/ohomemvertical/2008/08/15/revista-trip-gestao-x-jeitinho-por-andre-perfeito/